Secretário Executivo do MCTIC realiza palestra no PCT Guamá

Publicado em: 07/06/2018
Autor: Silvia Leão
Assunto: Eventos
Tempo de leitura: 3 minutos

Álvaro Prata esteve em Belém a convite da BioTec-Amazônia

Álvaro Prata, Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC) esteve em Belém, no dia 6 de junho de 2018, a convite da Organização Social BioTec-Amazônia, para conhecer as ações realizadas pelas políticas públicas do Governo do Estado do Pará, as instalações do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá e o trabalho desenvolvido pela OS. Na sua vinda ao PCT Guamá, o Secretário, acompanhado do Diretor Presidente da OS, José Seixas Lourenço e do titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), Alex Fiuza de Mello, realizaram visitas a laboratórios e startups instaladas no PCT para conhecer empreendimentos com perfil inovador e com capacidade de se complementar e gerar novos negócios.

Após a visita ao Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, Dr. Álvaro Prata realizou a palestra “Possibilidades de Apoio do MCTIC às instituições de educação superior e de pesquisa no Estado do Pará”, onde trouxe discussões sobre o desenvolvimento da inovação no Brasil. Para Álvaro Prata, Secretário Executivo do MCTIC, um dos esforços da Secretaria é manter o legado que foi construído ao longo do tempo, por outros titulares. A reflexão feita na palestra foi sobre o apoio dado pela Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação às instituições superiores e de ensino do Estado do Pará. “Quero tratar de maneira não muito alongada, o contexto em que estamos hoje. Nós, como país, realizamos muitas coisas, alcançamos muitas coisas, mas seguimos sendo um país em construção, com uma série de fragilidades e desafios. Isso dificulta os nossos ganhos, as nossas diretrizes, porque sempre teremos como missão construir o nosso país”, explicou.

Para o Secretário, o maior desafio do país é em educar a sua população. “Um país que tem dificuldade em educar a sua população, em educar os seus jovens, é um país com um futuro incerto. A educação uniformiza essas ações e uma das coisas que as pessoas educadas atingem é a compreensão, a tolerância, a percepção que a construção coletiva precisa ser feita com generosidade, sobretudo. Temos um longo caminho para chegar até isso”.

Mas, de acordo com o Secretário Executivo, apesar das dificuldades enfrentadas na educação básica, um dos pilares de desenvolvimento no país que ajudou a acelerar a inovação foi à pós-graduação. “Um dos ingredientes mais complexos, mais valiosos para pensar numa pesquisa de qualidade, numa pesquisa que leve ao desenvolvimento tecnológico, uma pesquisa que gere a inovação. É o plano de fundo do ministério, como uma instituição que pensa nacionalmente os grandes desafios. O estudo principal é a maturidade científica”.

Álvaro Prata explicou que o Brasil é muito competente na área do desenvolvimento científico, mas que é preciso usar esse conhecimento científico para gerar riqueza para a sociedade, o que demonstra uma serie de fragilidades nesse mecanismo. O desenvolvimento científico é capaz de promover o desenvolvimento econômico e, consequentemente, conduz a sociedade a alcançar o desenvolvimento pessoal. “O grande desafio é o que fazer para favorecer que o desenvolvimento científico desenvolva o econômico e chegue ao social sem prejuízo do sistema de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação”.

Um fator preocupante, de acordo com o Secretário Executivo Álvaro Prata, é que a inovação tem aumentado a desigualdade do mundo. “Porque nós queremos tornar o Brasil mais competitivo e a inovação tem tornado os países mais desiguais. Por várias razões, eu cito duas: a inovação beneficia aqueles associados a inovação e requer novas habilidades e as pessoas tem dificuldade em acompanhar isso. Mas, em algumas poucas exceções, a inovação reduz a desigualdade. Se você usar novas tecnologias para o bem da comunidade, por exemplo. Isso talvez explique o porque, dentre os países que a inovação tem trazido mais igualdade, está o Brasil”, finalizou.

Texto: Silvia de Souza Leão
Comunicação BioTec-Amazônia
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