A Organização apresentou a sua manifestação de interesse e todas as suas credenciais que a levaram a ser selecionada para a implementação de Centro de Desenvolvimento Regional – CDR no Estado do Pará.
A Organização Social BioTec-Amazônia foi a vencedora da Chamada Pública de âmbito regional lançada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, sediado em Brasília, com a finalidade da implementação de Centro de Desenvolvimento Regional – CDR no Estado do Pará. O CDR é um projeto que visa promover a discussão e a implantação de agendas de desenvolvimento que possam estimular a economia da região e fomentar a geração de emprego e renda, um dos pilares do desenvolvimento regional.
A interação entre os atores ocorre por meio de processos participativos como oficinas, fórum de debates e no decorrer da aplicação do projeto de pesquisa. No Brasil, o projeto é coordenado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC. Atualmente, cinco projetos pilotos estão em execução: Campina Grande (PB), Bagé (RS), Itapeva (SP), Brasília (DF) e Triângulo Mineiro (em fase de implantação).
No mês de janeiro de 2020, o Presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Marcio Miranda, que participou de reunião por videoconferência na BioTec-Amazônia, explicou a essência do CDR. “A metodologia do CDR precisa de um engajamento de quem está atuando no território. Conversar com prefeitos, com lideranças políticas, empresariais, trazer a academia para perto dessa conversa, é quando o nosso trabalho, assim como o da Organização Social BioTec-Amazônia, ajuda muito. A BioTec é uma articuladora do trabalho em Belém. Reuniões precisam ser realizadas, projetos precisam ser discutidos, os documentos de gestão da BioTec falam exatamente disso. Em alguns trechos parece até que a gente antecipava o papel da BioTec no desenvolvimento regional”, disse Marcio Miranda.
Também, na ocasião, ressaltou a finalidade de um CDR enquanto espaço de discussão e articulação entre diversos entes. “Ouvir os empresários, ouvir os prefeitos, ouvir as lideranças políticas é indispensável para o sucesso do CDR. O CDR não é um exercício puramente acadêmico. É um exercício de desenvolvimento. Então as agendas, necessariamente, precisam da articulação da academia, do setor empresarial, da governança política, mesmo estando em transição nesse momento em nosso país”, reforçou Marcio Miranda, CGEE.
Trata-se do primeiro projeto-piloto CDR na Região Amazônica e que se predispõe a apoiar a organização de uma agenda de ações das instituições de base técnico-científica, no sentido de atender ao interesse do desenvolvimento de suas regiões. A criação dos CDRs também conta com a participação de representação parlamentar, via Centro de Estudos e Debates Estratégicos (CEDE) da Câmara dos Deputados, e de outras instituições de fomento ao ensino, à pesquisa, à ciência e à tecnologia no Brasil, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e as fundações de amparo a pesquisa (FAP) dos Estados. Tais representações partem do pressuposto de que as unidades de Ensino Superior e as demais instituições de ciência e tecnologia precisam ter papel preponderante no processo de geração do desenvolvimento regional.
A BioTec-Amazônia apresentou a sua manifestação de interesse e todas as suas credenciais que a levaram a ser selecionada para a implementação de Centro de Desenvolvimento Regional – CDR no Estado do Pará. A BioTec-Amazônia tem por finalidade promover o uso sustentável da biodiversidade amazônica, em especial do estado do Pará, para fins de desenvolvimento econômico e social, além de iniciativas associadas a cadeias produtivas já instaladas ou em fase de instalação para a promoção de planos de negócios, visando à produção e comercialização de fitoterápicos, o investimentos em P&D de novos medicamentos fitoterápicos, fitocosmésticos e fármacos em geral, além do apoio aos arranjos produtivos locais e cadeias produtivas nas áreas de plantas medicinais, imunobiológicos e fitoterápicos, visando fornecer os necessários insumos para a produção de medicamento e fortalecimento e profissionalização dos núcleos e centros tecnológicos de inovação.