BioTec-Amazônia participa de workshop no CIMAM onde ocorreu apresentação de atividades do Governo do Estado do Pará para Ecossistemas de Fundos e debate sobre Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF 7)
A Organização Social BioTec-Amazônia, junto com a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (CODEC), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), esteve nesta quarta-feira, 21 de novembro de 2018, no Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (CIMAM), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para participar da Programação ONU-Ambiente/Dialog.
O encontro recebia uma comitiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e promovia uma apresentação do CIMAM, de atividades do Governo do Estado do Pará para Ecossistemas de Fundos e para finalizar e validar a operação do Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF 7). A Organização Marítima Internacional (IMO) uniu forças com o Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Estados Membros e a indústria do transporte marítimo para auxiliar países menos desenvolvidos no combate ao problema da água de lastro.
Para Alex Moreira, o CIMAM, que é um sistema automatizado de acompanhamento e controle do desmatamento, representa um avanço muito importante à Comitiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). “Então, um dos objetivos do encontro é explicar a plataforma e até que ponto o CIMAM pode ser incorporado dentro do que prevê a Política Estadual de Socioeconomia. Ficou bem claro que não é possível falar de sustentabilidade sem inovação tecnológica. Por isso, também, nós convidamos a SECTET e a BioTec-Amazônia para participar desse momento”, explicou o Secretário Adjunto.
José Seixas Lourenço, Diretor-Presidente da BioTec-Amazônia, reforçou o papel da Organização Social após a qualificação pelo Governo do Estado do Pará como promotora do uso sustentável da biodiversidade estadual e regional. “Uma das ações da BioTec-Amazônia é atuar nas 12 áreas de integração. E, fora a nossa implantação no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, ajudamos também a consolidar uma rede de laboratórios fundamentais hoje na área de biotecnologia, com referência internacional”.
O Diretor-Presidente da BioTec-Amazônia, destacou a parceria celebrada no último dia 28 de setembro de 2018, com Novante, Dialog e Tractebel no sentido de formalizar a intenção de elaborar acordo de parceria, para colocar em prática o quadro CityLab para o Estado do Pará, o que proporcionou à BioTec-Amazônia um maior envolvimento no programa que envolve a ONU Ambiente. “Nós tivemos oportunidade de celebrar com a Novant, um braço da Engie, que tem toda a expertise nessa área de territórios sustentáveis, gestão, territorial, e foi firmado em setembro passado justamente para ser feito um trabalho em conjunto com o que já vem sendo desenvolvidos para a execução de planos mestres de desenvolvimento sustentável”, explicou Lourenço.
PNUMA – Para a comitiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) a primeira questão esclarecida foi sobre os pontos base do projeto, onde os membros confirmaram que o grupo participante da reunião estava correto com as medidas tomadas até então. Pelo que foi conversado, até o momento, se tem o entendimento que o grupo está no caminho correto. Além disso, eles entendem que precisam se aprofundamento no conhecimento de três áreas específicas: no que diz respeito a qualidade da água, as principais fontes de contaminação vindo do motor dos barcos e do escoamento do esgoto sem tratamento e, talvez, de resíduos industriais também. Nesse ponto, a comitiva acenou tentar lincar soluções de tratamento da rede com soluções de tratamento isoladas. E, dessa forma, fazendo essa lincagem, se chega a uma solução mais holística para o problema dos resíduos líquido começando como caráter prioritário na região metropolitana de Belém e, talvez, possivelmente com o ecossistema de fundo, isso possa ser ampliado para outras regiões do Estado.
A ideia seria ter em Belém uma equipe responsável pela implementação de barcos solares, sendo que esses barcos teriam medidores do nível de qualidade da água e os impactos dessas iniciativas testadas na primeira área. O segundo benefício dessa força tarefa de barcos solares seria incentivar que, de médio a longo prazo, ocorra a transição da utilização de combustíveis fósseis em barcos para energia limpa solar. A outra iniciativa seria criar padrões para medir a qualidade da água e, também, as emissões dos barcos. Com relação a visita à BioTec-Amazônia, a comitiva ficou surpresa com o que encontraram e, partir do encontro realizado na Organização Social, houve um interesse de trabalhar com o uso sustentável da terra em cima das iniciativas que a BioTec-Amazônia expos ao grupo.
PCT Guamá – Como parte das atividades da Comitiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o grupo esteve no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, no dia 20 de novembro, onde realizaram a visita na sede da Organização Social BioTec-Amazônia para conhecer o trabalho que vem sendo desenvolvido, além da visita em dois laboratórios instalados no prédio do Espaço Inovação: o Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVCBA/UFPA), laboratório que coordena pesquisas que definem os novos parâmetros de qualidade, segurança alimentar e as características próprias do açaí, para atualização do Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) do fruto e seus derivados.
Em seguida, visitaram o Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA/ UFPA) que é especialista no estudo de oleaginosas para a obtenção de produtos de uso corrente nas indústrias química e alimentícia. É certificado junto à Agência Nacional de Petróleo. Oferece serviços como análise físico-química completa de óleos vegetais; identificação do melhor método de extração de uma determinada espécie oleaginosa; análise físico-químico completa dos derivados de óleos vegetais; padronização de diferentes tipos de óleos vegetais provenientes da Amazônia; testes catalíticos e processos químicos mais apropriado para óleos vegetais e derivados; e estudo de novas composições de óleos vegetais para as indústrias do setor.
ONU Ambiente – A ONU Meio Ambiente, principal autoridade global em meio ambiente, é a agência do Sistema das Nações Unidas (ONU) responsável por promover a conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no contexto do desenvolvimento sustentável.
Com sede em Nairóbi, no Quênia, a ONU Meio Ambiente dispõe de uma rede de escritórios regionais para apoiar instituições e processos de governança ambiental e, por intermédio dessa rede, engaja uma ampla gama de parceiros dos setores governamental, não-governamental, acadêmico e privado em torno de acordos ambientais multilaterais e de programas e projetos de sustentabilidade.
No Brasil, a ONU Meio Ambiente trabalha para disseminar, entre seus parceiros e a sociedade em geral, informações sobre acordos ambientais, programas, metodologias e conhecimentos em temas ambientais relevantes da agenda global e regional e, por outro lado, para promover uma participação e contribuição mais intensa de especialistas e instituições brasileiras em fóruns, iniciativas e ações internacionais. A ONU Meio Ambiente opera ainda em estreita coordenação com organismos regionais e sub-regionais e cooperantes bilaterais, bem como com outras agências do Sistema ONU instaladas no país.