Comitiva visita sede da BioTec-Amazônia para conhecer projetos como o Centro de Desenvolvimento Regional – CDR/PA, o primeiro da Amazônia.
Representantes do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) estiveram, em Belém (PA), nos dias 26 e 27 de novembro de 2020 para apresentar o Plano de Ação do Programa Abrace o Marajó 2020-2023. O plano reúne um conjunto de compromissos concretos voltados para a geração de empregos e promoção da melhoria da dignidade, da educação e da saúde da população da região. A comitiva participou de diversas agendas em Belém, entre elas, uma visita à Organização Social BioTec-Amazônia, instalada no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá. Um dos objetivos da BioTec-Amazônia é apoiar a criação e a consolidação de ambientes de inovação nas regiões de integração do Estado. Na oportunidade, a comitiva pode conhecer ações concretas da BioTec-Amazônia como a implantação do Centro de Desenvolvimento Regional/ Pará, o primeiro criado na Amazônia.
O grupo que foi recebido na sede da BioTec-Amazônia pelo Diretor-Presidente, Professor José Seixas Lourenço, contou com a presença do Diretor-Executivo do programa, Henrique Villa; da Secretária-Executiva do MMFDH, Tatiana Alvarenga; do Presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, Marcio Miranda; da Deputada Estadual, Heloisa Guimarães; do representante da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), André Azevedo; do representante da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Leôncio Siqueira e do representante da Fapespa Márcio Ponte.
Alvarenga destacou a estrutura inovadora do Abrace o Marajó, que conta com a parceria de 16 ministérios integrados para a execução de ações, além de parceiros do Governo do Estado, da sociedade civil e do setor produtivo. Em Belém, durante a sessão especial na Alepa, foi instalada a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sócio Econômico dos Municípios do Arquipélago do Marajó no Pará. A iniciativa institucionaliza o apoio do poder legislativo local ao Marajó.
O Diretor-Presidente da BioTec-Amazônia Professor José Seixas Lourenço, explicou, a pedido do Diretor-Executivo Henrique Villa, como surgiu o Centro de Desenvolvimento Regional do Pará. “Fizemos uma reunião de sensibilização na Sudam, no dia 9 de março de 2020, e tivemos a presença de Reitores, FIEPA, FAEPA, Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e todos os atores para informa-los sobre o que seria o Centro de Desenvolvimento Regional. Para mobilizar esses atores da importância de se ter um CDR nosso aqui no Pará. Depois, participamos da Chamada Pública e fomos selecionados. Assinamos um contrato de gestão e tivemos o primeiro ano de intenso trabalho, agora em 2020”.
Lourenço explicou que ideia inicial era trabalhar na região do Marajó. “Mas, no meio de uma pandemia, com prazos para vencer e cumprir precisaríamos apresentar uma Carteira de Projetos. A nossa expectativa era de 30 projetos e foram apresentados 206 projetos. Fizemos uma triagem rigorosa e ficamos com 106 projetos voltados para a Mesorregião de Belém. Contempla Barcarena, Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Castanhal, Santa Izabel e Santo Antônio do Tauá. E, assim, nós temos uma Carteira de Projetos substantiva com alvos estratégicos bem definidos como Energia Renovável, Saneamento Básico e outros”.
Para o Diretor-Executivo do programa, Henrique Villa, o CDR/Pará é um projeto pronto, em rede, que pode ajudar no plano de ação no Marajó. “A iniciativa em andamento no Pará que é o CDR/Pará e a ideia é levar um CDR dentro de uma proposta de atuação em rede para o Marajó. O custo vai ser menor, o aproveitamento dos quadros vai ser maior, a sinergia já está garantida”, reforçou. Já para a Secretária-Executiva do MMFDH, Tatiana Alvarenga, a preocupação é com a sustentabilidade dos empreendimentos que podem surgir no Marajó. “O nosso olhar é para as potencialidades locais: natureza, produção, búfalos, cerâmica. A nossa preocupação é com a sustentabilidade dos empreendimentos que podem surgir no Marajó. E o nosso foco é desde parceria público-privada, capacitação como um sistema S e preocupação com o escoamento. O momento é a gente organizar e consolidar todas essas iniciativas e fazer uma ação com viabilidade”.
Para Marcio Miranda, Presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), é importante destacar o Estado do Pará no contexto nacional. “Aqui no Estado do Pará existem 5 mil mestres e doutores, nas universidades, na Embrapa, nos centros tecnológicos. Foi um investimento, no nosso país, de décadas. Nesse momento o CDR ele é um canalizador dessas competências para ações do desenvolvimento regional. Cada CDR tem como grande missão identificar as locações, com conhecimento, para esse casamento entre os potenciais com o conhecimento transformado em emprego, em renda e desenvolvimento local e regional. Então, aqui no Estado do Pará, entre muitos estados da Amazônia, mas o Pará em particular é muito privilegiado, porque ainda que seja um estado enorme, as universidades estão preparadas para dar respostas em termo de agregação de valor entre outras coisas da biodiversidade no conceito da bioeconomia. Sustentabilidade só vem com conhecimento e ciência e tecnologia.
Abrace o Marajó – Criado pelo Governo Federal em março de 2020, o programa busca o desenvolvimento socioeconômico dos 16 municípios que compõem a Ilha do Marajó (PA). As ações são uma resposta estratégica para a recuperação da dignidade humana da população marajoara. O Marajó possui cerca de 550 mil habitantes. É o maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta. Formado por cerca de 2.500 ilhas e ilhotas, tem enorme potencial de desenvolvimento e crescimento, mas, convive historicamente com uma realidade de pobreza e exclusão, refletida nos indicadores do IDHM citados anteriormente.
CDR/PA – A BioTec-Amazônia apresentou a sua manifestação de interesse e todas as suas credenciais que a levaram a ser selecionada para a implementação de Centro de Desenvolvimento Regional – CDR no Estado do Pará. A BioTec-Amazônia tem por finalidade promover o uso sustentável da biodiversidade amazônica, em especial do estado do Pará, para fins de desenvolvimento econômico e social, além de iniciativas associadas a cadeias produtivas já instaladas ou em fase de instalação para a promoção de planos de negócios, visando à produção e comercialização de fitoterápicos, o investimentos em P&D de novos medicamentos fitoterápicos, fitocosmésticos e fármacos em geral, além do apoio aos arranjos produtivos locais e cadeias produtivas nas áreas de plantas medicinais, imunobiológicos e fitoterápicos, visando fornecer os necessários insumos para a produção de medicamento e fortalecimento e profissionalização dos núcleos e centros tecnológicos de inovação.