Formação profissional às comunidades locais

Publicado em: 03/10/2018
Autor: Silvia Leão
Assunto: Reuniões
Tempo de leitura: 3 minutos

Reunião procurou possibilidade de cooperação entre BioTec-Amazônia e o Programa Pará Profissional

A partir da necessidade de comunidades ribeirinhas de ter acesso a formação profissionalizante é que a BioTec-Amazônia realizou reunião, na sede da Organização Social, na manhã desta quarta-feira, 3, com representantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) tendo como foco, estabelecer parcerias e possibilidades de desenvolvimento social da produção local.

A Assessora Técnica da BioTec-Amazônia, Patrícia Oliveira, apresentou a proposta de qualificar, por meio de projeto conjunto entre BioTec-Amazônia e o Programa Pará Profissional, as habilidades profissionalizantes de jovens/adultos por meio de cursos presenciais em beneficiamento de subprodutos do açaí, cacau e óleos vegetais; realizar cursos presenciais de qualificação de habilidades profissionalizantes e criar uma plataforma com o cadastro dos 50 ribeirinhos capacitados por meio dos cursos presenciais; além de realizar seminários.

A ideia veio alicerçada na percepção da baixa qualificação profissional de jovens e adultos nos ambientes insulares de Belém, da inexistência de uma qualificação profissionalizante voltada para o beneficiamento de açaí, cacau e óleos vegetais; da baixa geração de renda e trabalho para jovens e adultos; da baixa atividade empreendedora em populações ribeirinhas e da alta demanda de empresas-indústrias locais por trabalho qualificado na temática de alimentos e óleos vegetais.


A equipe discutiu estratégias de desenvolvimento social da produção local.
(Fotos: Ascom BioTec-Amazônia)

Esteve representando a secretaria o diretor de Ciência e Tecnologia da SECTET, Marco Antônio Lima e o diretor de educação profissional e tecnológica da Sectet, Luís Blasques. Também esteve presente, Mayra Castro, da empresa Ajuri, desenvolvedora de negócios nacionais e internacionais, especializada em criação de redes de parcerias para geração de negócios, além da presença da equipe técnica da BioTec-Amazônia.

De acordo com o Diretor Presidente da BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço, trazer a capacitação profissional é uma das formar de estabelecer oportunidades para a produção local e desenvolver áreas estratégicas do Estado. “Uma das tarefas do nosso grupo de inteligência competitiva é justamente esse: oferecer alternativas de produção. Você pode, com esse conhecimento, fazer um upgrade nessas empresas. Castanhal, município que fica à 1 hora e meia de Belém, é uma área, do ponto de vista sinérgico, muito mais efetiva e que precisa ser aproveitado”, explicou o Diretor Presidente que realizou, no último dia 17 de setembro uma visita aos laboratórios do PCT Guamá com empresários daquele município. “É uma área com grande potencial para ser um suporte regional as cadeias produtivas”, reforçou.


“Uma das tarefas do nosso grupo de inteligência competitiva é justamente esse: oferecer alternativas de produção.”

José Seixas Lourenço

O diretor de educação profissional e tecnológica da Sectet, Luís Blasques, que apresentou o Programa Pará Profissional na reunião explicou que esse é um programa instituído pela Lei nº 8.427, de 16 de novembro de 2016, descrito como um dos principais instrumentos de superação das desigualdades inter-regionais, com a finalidade de ofertar educação profissional e tecnológica. “O Pará Profissional veio para contribuir para esse cenário. O programa tem o intuito de ampliar e verticalizar as cadeias produtivas aos eixos prioritários de desenvolvimento do Estado. A previsão da Sectet é fechar 2018 com um total de 8 mil certificados, contados todos os anos de execução do Programa”, explicou Blasques.

Já Mayra Castro, da empresa Ajuri, explicou que o Pará tem um programa bem arrojado em termos de educação profissional. “E isso tem um impacto muito grande nas comunidades da região. Turismo e gastronomia é uma tendência natural daqui do Pará. Nós saímos de 15 anos, com dois ou três restaurantes no Combu para 15. Essa questão do turismo e da gastronomia está mantendo a geração no Combu. Então essa questão da qualificação é muito importante. E a história de cada uma dessas cadeias produtivas tem impacto positivo no mercado internacional. E, especificamente em Londres, se tem uma cultura forte de se contar histórias. Principalmente de produtos como esses da região e que tem uma comunicação com a população local”.

A ideia é que, a partir dessa reunião, projetos que envolvem comunidades possam trazer desenvolvimento às cadeias produtivas, utilizando a formação profissional oferecida pela Sectet às comunidades locais. “A qualidade da apresentação não está condizente com as múltiplas possibilidades desses produtos justamente pela falta de qualificação. Os produtos oferecidos são muito bons, mas a qualificação resolveria muitas amarras que não deixam essa produção se expandir a mercados nacionais e internacionais”, finalizou Luís Blasques.