Na ocasião, a BioTec-Amazônia ressaltou a importância estratégica da bioeconomia para o Brasil.
Na última sexta-feira (6), a Comissão Senado do Futuro, do Senado Federal, realizou audiência pública, de maneira semipresencial, com o tema “Desenvolvimento Estratégico da Bioeconomia no Brasil”. Na ocasião, participou, de forma remota, o coordenador do escritório de relações institucionais Centro de Desenvolvimento Regional – Região Metropolitana de Belém (CDR/PA – RMB), Alex Fiúza de Mello, representando o professor José Seixas Lourenço, diretor-presidente da BioTec-Amazônia e coordenador geral do CDR/PA – RMB.
Em uma apresentação, considerada pelos participantes como “provocante”, Fiúza de Mello explicou porque a bioeconomia é uma questão estratégica para o Brasil, ressaltando que “a bioeconomia é e será uma das maiores oportunidades de negócio do século XXI, além de ser a garantia da soberania no mundo globalizado”. O coordenador enfatizou ainda a necessidade de se ter um projeto nacional de bioeconomia e, dentro dele, um projeto nacional específico para a Amazônia.
Comissão – A Comissão Senado do Futuro, é permanente no Senado Federal e é presidida pelo Senador Izalci Lucas (PSDB/DF). Uma das competências da comissão é promover discussões sobre grandes temas e o futuro do País, bem como aprimorar a atuação do Senado nessas questões. Também participam o coordenador do projeto oportunidades e desafios da bioeconomia do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos CGEE/MCTI, Marcelo Khaled Poppe, e o co-lider da Iniciativa Terceira Via Amazônica e do Projeto Amazônia 4.0, Ismael Nobre.
A Comissão entende que a biodiversidade constitui um patrimônio cuja exploração econômica permite a criação de uma economia sustentável, amigável com o meio ambiente e aos segmentos sociais que dela se beneficiam. Para um país como o Brasil, dotado de recursos naturais abundantes, entre os quais se destacam a biodiversidade, a ampla disponibilidade de água, assim como a variedade de ecossistemas que ocupam grandes extensões do território, a Bioeconomia representa uma fronteira para o desenvolvimento social, econômico e ambiental.
A Bioeconomia compreende atividades tão diversas quanto a produção de alimentos, a exploração de produtos derivados de plantas nativas e, de modo geral, os serviços ecosssistêmicos relacionados à biodiversidade, como produção de fibras e madeiras, polinização de plantas, uso de recursos genéticos e de microorganismos, entre muitos outros.
OS – A Organização Social BioTec-Amazônia é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos e de interesse coletivo, criada em 2016 e qualificada pelo governo do estado do Pará para cumprir o papel de entidade especializada na gestão e governança de relações institucionais, processo e projetos inovadores voltados ao uso sustentável da biodiversidade amazônica. Teve recentemente seu contrato de gestão prorrogado, via Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), até o final de 2021. A BioTec-Amazônia também foi a vencedora da Chamada Pública, em março de 2020, de âmbito regional lançada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, sediado em Brasília, com a finalidade da implementação de CDR/PA. Entre as parcerias estratégicas firmadas, a BioTec-Amazônia realiza um trabalho de geração de negócios pautados na bioeconomia. A partir da estrutura de laboratórios associados, instalados em Belém, promove o diálogo entre atores e aponta alternativas para um novo modelo de desenvolvimento das cadeias produtivas. A BioTec-Amazônia foi reconhecida recentemente como uma instituição de ciência e tecnologia de direito privado – ICT Pará.