Bioeconomia para o desenvolvimento sustentável do Pará

Publicado em: 13/02/2020
Autor: Silvia Leão
Assunto: Eventos
Tempo de leitura: 2 minutos

A palestra traz para alunos de graduação e pós-graduação a biotecnologia como ferramenta para o desenvolvimento sustentável no Estado do Pará.

O Curso de Verão é uma prática comum nas universidades para aproveitar o período de férias, esse interstício dos universitários. Por isso, o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Pará está realizando, no período de 10 a 14 de fevereiro de 2020, o I Curso de Verão em Biotecnologia. O foco é falar do desenvolvimento regional e como a biotecnologia vai atuar no Estado do Pará.

Diversas palestras voltadas à biotecnologia estão sendo oferecidas aos participantes, entre elas, a palestra da Assessora Técnica-Científica da Organização Social BioTec-Amazônia, Amarílis Aragão Dias com o tema: “Bioeconomia: contribuições para promover o desenvolvimento sustentável do Pará”. Além disso, os participantes do evento terão a oportunidade de interagir com profissionais da indústria em bate-papos voltados ao empreendedorismo.

Biotecnologista, mestre em Química Medicinal com especialização em Gestão Pública com ênfase em Desenvolvimento Regional, Amarílis desenvolve suas atividades técnicas em ações de promoção e fortalecimento do desenvolvimento sustentável no Pará. “A BioTec tem esse papel dentro da estrutura do Governo, em parceria com o poder local, instituições de ciência e tecnologia, setor produtivo e sociedade civil alavancar a desenvolvimento sustentável através da identificação e resolução de gargalos tecnológicos das cadeias produtivas da Biodiversidade, é a sinergia destes agentes que fará o Pará despontar como uma economia baseada no conhecimento e não mais no extrativismo”, explicou.

A palestra busca abordar esses dois temas: bioeconomia e desenvolvimento sustentável. Alunos de ciências biológicas e ciências aplicadas devem receber conceitos teóricos, para compreensão e, no final, mostrar como é que funciona o arranjo já envolvendo os atores que realmente atuam na prática. “A ideia é mostrar a biotecnologia nos arranjos produtivos locais, na resolução dos gargalos tecnológicos, mostrar essa estrutura, a governança, a interação entre o setor produtivo, governo, e as instituições de ciência e tecnologia”.

Amarílis explica a importância da biotecnologia para o desenvolvimento sustentável. “Quando a gente fala em bioeconomia estamos, obrigatoriamente citando a biotecnologia. Por quê? Por que é o ramo da ciência que utiliza de forma racional os recursos da biodiversidade para a entrega de produtos e serviços à sociedade com sustentabilidade. A Bioeconomia está diretamente ligada aos setores da economia que utilizam recursos biológicos, visando sempre a qualidade de vida da sociedade e a conservação do meio ambiente.

Além disso, a difusão do termo Bioeconomia é relativamente nova em nossa sociedade. “Foi a partir da percepção da limitação dos recursos fósseis e não renováveis, que se buscou alternativas para a continuidade do crescimento.” ”É um termo bastante recente, muito presente em nosso cotidiano: está no agronegócio, na produção de energia limpa, na segurança alimentar, é o desenvolvimento pautado na preservação do meio ambiente e inclusão social, necessariamente ligado à biotecnologia”, ressaltou Amarílis.