Reunião entre BioTec-Amazônia e Embrapa busca
criar ambiente de inovação do cacau na região
A Organização Social BioTec-Amazônia esteve na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na quarta-feira, 3 de outubro, com o intuito de verificar quais ações relacionadas a cadeia produtiva do cacau estão sendo desenvolvidas, bem como tratar das possibilidades de articulação com vistas a criação do Ambiente de Inovação do Cacau na Região Xingu.
Junto com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), responsável pela política de cacaicultura, a Embrapa é detentora de amplo conhecimento do uso dos recursos naturais para implementar no Pará a lavoura do cacau. Estiveram presentes os Assessores Técnicos da BioTec-Amazônia, Manoel Tourinho e Fernando Queiroz, e o Chefe Geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri.
A primeira atividade com relação ao cacau é compreender que ações estão sendo feitas nas instituições de pesquisa da Amazônia. “Na Embrapa, especificamente, estivemos para articular possíveis parcerias para esse ambiente de inovação pois, o mapeamento que está sendo feito pela BioTec-Amazônia nas instituições que trabalham com a cadeia produtiva do Cacau mostram um quadro de descentralização. Não há um ponto de encontro entre essas ações. Nossa ideia é justamente criar estratégias para que essas instituições possam conversar e trocar experiências, evitando até mesmo o retrabalho, já que um não conhece o trabalho do outro”, explicou Fernando Queiroz.
A BioTec-Amazônia, como gestora do programa BIOPARÁ, busca criar ambientes de inovação entre os quais está o do cacau na Região do Xingu. A partir dessas reuniões pretende-se construir um relatório com o mapeamento dos limites e possibilidades da cadeia produtiva do cacau no estado, identificando os gargalos existentes e as ações que estão sendo feitas para que se comece a conversar e se chegar, efetivamente, na criação do ambiente de inovação dessa cadeia.
“O cacau tem um perfil social muito grande porque ele emprega muita mão de obra, favorece desde a pequena indústria caseira até a grande. E ele é considerado uma produção altamente ecológica. Nos solos da transamazônica, onde se tem 78% da produção, não precisa nem de adubo. Você planta o cacau, ele derrama a folha, protege o solo e recicla nutrientes. É também um cultivo de largo espectro social do ponto de vista da geração de emprego, além do papel ecológico”, finalizou Manoel Tourinho.