Selo e confiabilidade para empresas da cadeia de alimentos. Através de testes de DNA, é possível avaliar se um produto é genuinamente vegano.
A nova natureza científica e tecnológica da Associação BioTec-Amazônia é favorável a possibilidade de desenvolver pesquisas avançadas. Com isso, diversas são as perspectivas, como é o caso da matéria de capa da Revista Nº 3 que traz a pesquisa de rastreabilidade da cadeia alimentar com o Selo Vegano que, além de identificar e determinar a pureza desses produtos, vai também agregar valor à marca e dar confiança para o mercado consumidor.
O Laboratório de Engenharia Biológica (Engebio) é o responsável pela pesquisa e faz parte da Rede de Laboratórios Associados da BioTec-Amazônia. É um laboratório de pesquisa, instalado no Parque de Ciência e Tecnologia – PCT Guamá, e é parte integrante do grupo de laboratórios da Universidade Federal do Pará – UFPA, que dão suporte à BioTec-Amazônia para ações estratégicas de coordenação e elaboração de pesquisas com recursos do Governo do Estado.
Na edição Nº 3 da Revista BioTec-Amazônia trazemos uma entrevista com o Pesquisador Empreendedor Associado da BioTec-Amazônia, Diego Assis, que é professor adjunto na Universidade Federal do Pará – UFPA, e membro da equipe do Engebio. Na entrevista, o pesquisador reforça a importância de se ter um Selo em um produto vegano, com a garantia baseada em teste molecular. “Além de estabelecer a tecnologia, o projeto vai criar selos de autenticação usando métodos moleculares incontestáveis. É como se fosse um exame de paternidade, que também vai detectar fraudes alimentícias”, relatou o pesquisador.
Cooperação – A Associação BioTec-Amazônia firmou Cooperação de Apoio Financeiro para a execução de projeto com o Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil. É o que traz a matéria Cooperação Internacional aposta em projetos de bioeconomia da página 15. O documento assinado estabelece apoio para a realização de projeto de cooperação chamado “Laboratórios Criativos da Amazônia (LCA) Cupuaçu-Cacau” que busca a inovação que vem da floresta e co-cria, junto com as comunidades locais, apoiando-se na natureza, soluções mais sustentáveis e que promovam menor impacto possível ao ambiente.
O Amazônia 4.0 é um instituto que desenvolve tecnologias e métodos avançados para transformar insumos amazônicos em produtos de altíssimo valor agregado, visando desenvolver uma bioindústria poderosa, capacitar o povo local e criar alternativas urgentemente necessárias para o desmatamento. Unir conhecimentos tradicionais à ciência e à indústria 4.0 em biofábricas móveis é um dos papéis a que se propõem os Laboratórios Criativos da Amazônia (LCAs).
Biotecnologia – A revista traz matéria sobre Convênio Nº 011/2021 firmado entre a Associação BioTec-Amazônia e a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas – FAPESPA para a execução de projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com transferência de recursos financeiros públicos, para o projeto intitulado “Central de Biotecnologia da Reprodução de Bubalinos na Ilha do Marajó”.
O projeto tem como finalidade promover o melhoramento genético do rebanho bubalino da Ilha do Marajó. Também busca difundir material genético de reprodutores bubalinos de comprovada aptidão zootécnica (leite e carne) através da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em pequenos, médios e grandes produtores; aplicação da técnica de produção in vitro de embriões em matrizes bubalinas de comprovada aptidão zootécnica em pequenos, médios e grandes produtores, para difusão de material genético de alta qualidade; e formação de recursos humanos (mestres e doutores), bem como a formação de mão de obra local através da elaboração de cursos.
Baixo Amazonas e Tapajós – Na região do oeste do Pará, incluindo as regiões do Baixo Amazonas e Tapajós, se busca estimular o empreendedorismo inovador e o desenvolvimento territorial. A matéria Programa Desenvolve Pará mostra o desenvolvimento de soluções, baseadas em P&D, para os gargalos tecnológicos das cadeias produtivas do bionegócio. O projeto Desenvolve Pará busca combater a baixa produtividade e promover a cadeia produtiva da mandioca, tornando-a eficiente, com tecnologia capaz de movimentar a economia na região Oeste do Pará.
“O Desenvolve Pará foi idealizado prevendo criar três polos: o polo do Baixo Amazonas, o Xingu e o polo Marajó. No polo Baixo Amazonas já temos ações que já vínhamos desenvolvendo nos municípios da Calha Norte em Monte Alegre, Alenquer, Óbidos, Oriximiná… Estamos com agentes credenciados nesses municípios. Um total de 8 agentes credenciados hoje nesses municípios do Baixo Amazonas e também abrangemos a Região do Tapajós como um aditivo nesse projeto”, Wander Oliveira, Coordenador de Projetos de Inovação para o Polo Oeste do Pará.
Quem somos? – A BioTec-Amazônia é um centro de inteligência em bioeconomia que promove o uso sustentável da biodiversidade estadual e regional, aliando as demandas empresariais e o conhecimento científico/tecnológico. Desenvolve projetos que agregam valor aos produtos amazônicos, especialmente os relacionados à cadeia produtiva do cacau, açaí, palma de óleo, mandioca, pescado e aquicultura, cosmético e fármaco.
A presente Revista é destinada especialmente a sintetizar algumas das conquistas da Associação BioTec-Amazônia, que nasceu como entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, com a missão de promover o uso sustentável da biodiversidade amazônica, em especial do estado do Pará, para fins de desenvolvimento econômico e social, difundir o conhecimento e prestar serviços nas áreas de biodiversidade, biotecnologia e bionegócios.