O evento contou com a participação no espaço virtual de 123 participantes, incluídos, além dos convidados institucionais, os coordenadores de projetos da Carteira, na sua grande maioria – que puderam ouvir diretamente das agências de financiamento as perspectivas de apoio às suas propostas.
A BioTec-Amazônia, em conjunto com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, realizou, no dia 29 de outubro de 2020, a 2ª Oficina Centro de Desenvolvimento Regional de Homologação da Carteira de Projetos – CDR/Pará Região Metropolitana de Belém (RMB). A Oficina foi destinada à Homologação da Carteira de Projetos CDR/Pará (RMB) onde buscou a interação entre os atores, com o intuito de apresentar os pesquisadores responsáveis pelos 106 projetos selecionados que constam na Carteira de Projetos BioTec-Amazônia e na Carteira CDR/Pará (RMB) para diversos representantes de instituições de ensino superior e institutos de pesquisa, dos Governos Federal, Estadual e Municipal e de Federações empresariais.
O evento teve a plena participação dos convidados, todos representantes das instituições parceiras da ação, com destaque, para as Agências de Financiamento (locais, regionais e nacionais), Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e Secretarias de Estado, cuja manifestação pública foi explicitamente favorável à Carteira de Projetos CDR em bioeconomia, encaminhadas pela BioTec-Amazônia (gestora local do CDR/Pará-RMB), com demonstração de compromisso e interesse de apoio à iniciativa. Além da FAPESPA, também estiveram presentes representantes do Banco do Estado do Pará (BANPARÁ), da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), dentre outras, e que, na ocasião realizaram pronunciamentos favoráveis a essa parceria.
Em atenção aos cuidados que o momento requer, no que concerne a um novo ciclo de contágio da COVID-19, em Belém, a direção da BioTec-Amazônia, de comum acordo com o CGEE, decidiu realizar em plataforma virtual da Universidade da Amazônia (UNAMA), a fim de garantir a saúde de todos. A programação contou com a participação da equipe CDR/Pará e com a presença, em Belém, no Presidente do CGEE, Marcio Miranda, além de contar com apresentações virtuais dos participantes.
Para Marcio Miranda, os resultados dessa parceria são relevantes. “Talvez destacar a partir de todos os depoimentos, de todas as falas que nós tivemos durante essa manhã, a capacidade do Estado do Pará e dos entes que atuam na Amazônia permitir que projetos em pró-desenvolvimento possam ser concebidos e executados na região. Em particular, eu queria saudar e alinhar as palavras de todos, mas em especial, a Superintendente da Sudam que percebe exatamente o tamanho das possibilidades que existem aqui para fazer política pública. Aproveito a oportunidade para agradecer a sua equipe por esse belíssimo trabalho de articulação”.
No total, estiveram presentes no espaço virtual da reunião 123 participantes, incluídos, além dos convidados institucionais, os coordenadores de projetos da Carteira, na sua grande maioria – que puderam ouvir diretamente das agências de financiamento as perspectivas de apoio às suas propostas. Após análise realizada pelo CGEE, e homologado 65 projetos de pesquisa, os autores das propostas puderam participar, de maneira virtual, de reunião com membros da equipe CDR/PA (RMB) e do CGEE. O encontro ocorreu no dia 14 de outubro de 2020 e teve por objetivo orientar e esclarecer os pesquisadores sobre o preenchimento do Plano de Projetos. Como também ocorreu reunião, no dia 15 de outubro, com os autores dos 41 projetos selecionados para Carteira BioTec-Amazônia, com presença virtual, visando ao esclarecimento da formação do Portfólio BioTec-Amazônia e preenchimento do Plano de Trabalho. Todos participaram virtualmente da 2ª Oficina CDR.
Carteira de Projetos – Durante a reunião, Juarez Quaresma, Diretor Científico da Fapespa, que estava representando o titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), Professor Carlos Maneschy, explicou aos presentes sobre a qualidade dos projetos selecionados e que, após reuniões com a BioTec-Amazônia, recebeu e pode analisar o conteúdo da Carteira de Projetos BioTec-Amazônia e a Carteira CDR/Pará (RMB). “Numa dessas reuniões nós recebemos, da BioTec, uma lista de projetos, que teriam na verdade potenciais interesses do Estado e nas mais diversas áreas de conhecimento desde a bioeconomia, passando por novos fármacos, desenvolvimento de kits diagnósticos, de novas tecnologias aplicadas e, desses 30 projetos, eu acho que é o que talvez eu como Diretor Científico da Fundação posso contribuir mais com essa reunião, eu posso afirmar que cerca de 80% deles são elegíveis para financiamento da Fundação”, disse Juarez.
Quem também esteve no encontro virtual foi Adilson Freitas Dias, Superintendente de Planejamento do Banpará, representando o Presidente do Banco. Adilson explicou que o Banpará, a partir de 2021, terá uma equipe voltada para o fomento à inovação. “Vamos montar uma equipe especialmente para tratar desse assunto. Isso implica em uma mudança da cultura interna do Banco, uma mudança do nosso modelo de negócios, nosso modelo organizacional, e há uns 15 dias o Presidente determinou a criação de um escritório de bioeconomia, não só exclusivamente voltado para a bioeconomia, nós vamos também atuar na área de tecnologia da informação, e o papel desse escritório é começar a formatar produtos de fomento à inovação. E, para isso, nós temos contado com algumas parcerias estratégias que eu destaco aqui a Organização Social BioTec-Amazônia. Inclusive nós seremos vizinhos, eu estou me mudando para o PCT Guamá”, ressaltou Adilson.
Louise Campos Löw, Superintendente da Sudam – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, nomeada para o cargo no mês de setembro de 2020, avaliou de forma positiva esse trabalho feito pela BioTec-Amazônia. Natural de Belém, a gestora é Auditora Federal de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, do Ministério da Economia, desde 2004. Na 2ª Oficina CDR/Pará, relatou que a Sudam está retomando a articulação com diversos atores. “Eu tive a felicidade de receber o Professor Seixas aqui, já temos a carta de intenção de vocês, da BioTec, já está em avaliação, vi que são projetos maravilhosos, a gente precisa, sim, fechar parcerias, nós vamos fechar boas parcerias. Eu fico realmente feliz de ver que a nossa região tem projetos voltados para a biotecnologia, projetos realmente sólidos. Estamos abertos a recebê-los para conversar, trocar uma ideia, e creio eu são completamente capazes de levar as políticas públicas para a sua efetividade.”
Representando os dirigentes das instituições de ciência e tecnologia, o representante do Fórum de Instituições de Educação Superior e Pesquisa do Pará (Fiespa) e Reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Professor Marcel Botelho, onde pode externar a confiança na iniciativa, conduzida, coletivamente, pelas equipes do CDR/Pará (RMB) / BioTec-Amazônia. “O nosso Fórum, em primeira ordem, deu total apoio ao projeto CDR, e nós esperamos, cada vez mais, contribuir com a seleção, não só dos temas, mas também dos próprios projetos. Sabemos que houve certa correria natural, nós precisávamos colocar esse projeto a frente. Parabéns pela sua liderança Professor Lourenço, parabéns para o Professor Alex, pela coordenação desse projeto”.
O CDR – Os Centros de Desenvolvimento Regional são estruturas flexíveis de articulação e gestão, criados por iniciativa do Ministério da Educação – MEC e gerenciados, em nível nacional, pela organização social Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, tendo por objetivo mobilizar as competências disponíveis nas instituições de ciência e tecnologia regionais (universidades e institutos de pesquisa) para, ao lado das forças políticas e sociais, pensar, fomentar, apoiar e viabilizar iniciativas empreendedoras, públicas ou privadas, localizadas nos respectivos territórios, tendo por fundamento o uso de saberes e tecnologias disponíveis e a geração de inovação de processos e produtos que contribuam ao desenvolvimento socioeconômico local.
Esse é o primeiro projeto-piloto CDR na região amazônica e que se predispõe a apoiar a organização de uma agenda de ações das instituições de base técnico-científica, no sentido de atender ao interesse do desenvolvimento de suas regiões. A criação dos CDRs também conta com a participação de representação parlamentar, via Centro de Estudos e Debates Estratégicos (CEDE) da Câmara dos Deputados, e de outras instituições de fomento ao ensino, à pesquisa, à ciência e à tecnologia no Brasil, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e as fundações de amparo à pesquisa (FAP) dos Estados. Tais representações partem do pressuposto de que as unidades de Ensino Superior e as demais instituições de ciência e tecnologia precisam ter papel preponderante no processo de geração do desenvolvimento regional.