Entre as pautas do encontro ocorreu a atualização aos dirigentes dos órgãos acadêmicos sobre o desenvolvimento dos trabalhos CDR/Pará, a constituição da Carteira de Projetos, a metodologia utilizada e os contatos com as agências de financiamento.
O Centro de Desenvolvimento Regional/ Pará – Região Metropolitana de Belém (CDR/Pará-RMB) participou de reunião conjunta com Reitores e Diretores de Institutos de Pesquisa, em evento presencial (com opção à distância), no dia 19 de outubro, na Sala dos Conselhos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). A reunião é uma realização do Fórum de Instituições de Educação Superior e Pesquisa do Pará (Fiespa) onde o Reitor Professor Marcel Botelho, da UFRA foi o anfitrião do encontro presencial e o Professor Sérgio Fiuza de Mello Mendes, do Centro Universitário do Pará (Cesupa), da sala virtual.
A BioTec-Amazônia, vencedora da Chamada Pública de âmbito regional lançada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, sediado em Brasília, com a finalidade da implementação de Centro de Desenvolvimento Regional – CDR no Estado do Pará, foi a convidada da reunião onde pode atualizar aos dirigentes dos órgãos acadêmicos sobre o desenvolvimento dos trabalhos, a constituição da Carteira de Projetos, a metodologia utilizada para tal e os contatos com as agências de financiamento, a fim de informar a programação e finalidade da 2ª Oficina CDR/Pará, que acontece no próximo dia 29. Para o vice coordenador do Fórum Fiespa, Professor Sérgio Mendes, não há precedente para a ação realizada pela BioTec/CDR, sendo esse um marco histórico para o Pará.
“Esse trabalho, liderado pela BioTec/CDR e que o Fórum, na primeira hora aderiu, não tem precedentes. Porque não há nenhum acervo de projetos organizados no campo da bioeconomia por esse Estado do Pará. Então a gente quer felicitar esse esforço da BioTec/CDR”.
Sérgio Mendes, vice coordenador do Fórum Fiespa
O encontro, em formato híbrido, contou com a presença de 10 instituições. Estiveram presentes os titulares da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Professor Marcel Botelho; Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Professor Hugo Diniz; Universidade da Amazônia – UNAMA, Professora Betânia Fidalgo; Instituto Federal do Pará – IFPA, Professor Claudio Alex Jorge da Rocha; o vice – reitor da Universidade Federal do Pará – UFPA, Professor Gilmar Pereira da Silva; a Diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ana Luisa Albernaz; o Pró-Reitor do Centro Universitário do Estado do Pará – Cesupa, Professor João Paulo do Valle Mendes; o vice-coordenador do Fórum Fiespa, Professor Sérgio Mendes; o Chefe Geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri; e representando a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – Unifesspa, Lucélia Cardoso Rabelo.
Pautas – Na primeira pauta do Fórum, o Diretor-Presidente da BioTec-Amazônia e Coordenador do CDR/Pará Professor José Seixas Lourenço explicou que o diálogo com a Fiespa iniciou antes da pandemia. “Ainda em março, quando ocorreu à reunião de sensibilização, na Sudam, e muitos dos que estão presentes hoje participaram desse momento”. Após a mobilização, ocorreu à assinatura do contrato com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC para implantar os CDRs no Brasil.
Nesse encontro, o Coordenador do CDR/Pará relatou a razão pela qual esse programa foi criado. “No Ministério da Educação, pela Secretaria de Educação Superior (Sesu), na pessoa do Paulo Barone que à época era secretário, era fazer com que esse conhecimento gerado pela universidade tivesse cada vez mais um desenvolvimento local, principalmente onde as instituições estão inseridas. Promover o desenvolvimento socioeconômico seja se associando a prefeituras, seja com cooperativas, empresas”.
José Seixas Lourenço, Diretor-Presidente da BioTec-Amazônia e Coordenador do CDR/Pará
O Diretor da BioTec-Amazônia também justificou a escolha do CDR ser na Região Metropolitana de Belém. “Foi indicada a Região Metropolitana de Belém e a razão foi fundamental. Em meio à pandemia, sem saber quando iríamos voltar então, a única possibilidade, era a mesorregião. Primeiro, pela concentração de todas as instituições públicas e privadas, centros de pesquisa têm a sua sede aqui. Já que é um projeto piloto, eu tinha que levar em consideração o prazo do contrato, para eu ter uma carteira de projetos até dezembro”, destacou.
Mas, em que temas? – “A sugestão era que a temática fosse em bioeconomia”, explicou Lourenço. Bionegócios, saneamento, rotas biotecnológicas no sentido amplo. O formato, de acordo com todas as normas do CGEE, necessitava de uma primeira oficina chamada Oficina de Implantação e Definição dos Alvos Estratégicos. “A gente começou muito forte, com uma presença efetiva e, principalmente, da Fiespa com os reitores e dirigentes”, lembrou.
Foi, então, por conta dessa participação que foi solicitada a 1ª Reunião com o Fórum Fiespa, “tendo em vista que o fundamental para uma carteira de projetos são as instituições que desenvolvem ciência e desenvolvimento tecnológico, são os atores fundamentais e tivemos ótimas interlocuções no encontro do dia 29 de julho de 2020”, relatou Lourenço. No dia seguinte, a BioTec-Amazônia lançou o Chamamento para Propostas de Projetos e, definindo os alvos estratégicos_Alvo A: Desenvolvimento do Agronegócio e das Tecnologias de Alimentos; B: Bioprodutos; C: Saneamento Básico; D: Energias Renováveis e o E: Valoração dos Serviços Ecossistêmicos_ recebeu 206 projetos.
Após análise realizada pelo CGEE e homologado 65 projetos de pesquisa, os autores das propostas puderam participar, de maneira virtual, de reunião com membros da equipe CDR/PA – RMB e do CGEE. O encontro realizado no dia 14 de outubro de 2020 teve por objetivo orientar e esclarecer os pesquisadores sobre o preenchimento do Plano de Projetos. Como também ocorreu reunião, no dia 15 de outubro, com os autores dos 41 projetos selecionados para Carteira BioTec-Amazônia, com presença virtual, visando ao esclarecimento da formação do Portfólio BioTec-Amazônia e preenchimento do Plano de Trabalho. Todos estarão presentes, presencial ou virtualmente, da 2ª Oficina CDR.
Fórum – Após o término da apresentação da BioTec, a Professora Betânia Fidalgo, Reitora da Unama, falou da satisfação de recepcionar a 2ª Oficina CDR na instituição. “É uma satisfação sediar o evento, fazer tudo que for necessário para que o evento seja um sucesso. A Unama fica muito feliz de poder participar e renovo aqui os nossos votos e compromisso de estar sempre contribuindo com a BioTec“.
O Reitor da UFRA, Professor Marcel Botelho, viu agora uma ação coordenada das instituições, com esse apoio do CDR/ PA. “Eu acredito muito nessa proposta e eu acredito que o CDR veio mais como um catalizador e aqui nós estamos em um ambiente adequado para discutir, com todas essas instituições aglutinadas e trabalhando de forma coordenada. Então, será um grande aprendizado para todos nós e, como eu disse, um catalizador importante para que a gente busque outros voos para as nossas instituições e para a região”.
Para Claudio Alex, Reitor do IFPA, “temos participado de forma efetiva dessas discussões e estamos muito contentes, pois nós somos de outra natureza. Nosso espectro é bem amplo e fazemos pesquisa, é bom que se diga, com os garotos, jovens a partir dos 14, 15 anos que estão no ensino médio, fazendo pesquisa e extensão. Implementamos inovação também com esses garotos. Isso é muito interessante porque a gente pode trazer a partir dessa verticalização, na formação dos nossos jovens, desde os cursos da educação básica até o doutorado”.