A oficina para implementação do projeto CDR no Estado do Pará trouxe uma ampla interação entre diversos atores locais e nacionais.
“A BioTec está mostrando o seu valor como instituição capaz de articular com atores em prol do desenvolvimento científico, tecnológico e da inovação no Estado do Pará, particularmente no que se refere as interações entre o conhecimento existente nas universidades”, explicou Marcio Miranda, presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), via videoconferência, de Brasília, durante a abertura da 1ª Oficina de Implementação do Centro de Desenvolvimento Regional/ Pará Região Metropolitana de Belém (RMB).
A oficina contou com a presença e participação de várias autoridades, locais e nacionais, presencialmente ou via videoconferência, e pode desenvolver o projeto de implementação do CDR, o primeiro da região amazônica, a partir das necessidades locais. “Coordenando essa importante iniciativa de implantação de desenvolvimento do Centro de Desenvolvimento Regional, um projeto que nós conduzimos dentro do nosso contrato de gestão, que nós temos com a União, supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e com o apoio do Ministério da Educação, destaco a articulação com todos os atores do executivo e vários municípios do Estado, mas, em particular, nestes que compõem agora o CDR da Região Metropolitana e, principalmente, com o setor produtivo na promoção do desenvolvimento do Estado à luz das várias manifestações que tivemos oportunidade de ouvir hoje”, explicou Marcio Miranda.
A Oficina foi uma iniciativa da BioTec-Amazônia, em conjunto com o CGEE, e ocorreu no dia 7 de julho de 2020, no Auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA). A Associação BioTec-Amazônia foi a vencedora da Chamada Pública de âmbito regional lançada pelo CGEE, com a finalidade da implementação de Centro de Desenvolvimento Regional – CDR no Estado do Pará. O CDR é um projeto que tem por objetivo promover a discussão e a implantação de agendas de desenvolvimento que possam estimular a economia da região e fomentar a geração de emprego e renda, um dos pilares do desenvolvimento regional.
Para isso, a programação contou com a participação da equipe CDR Pará, de membros do CGEE, com apresentações virtuais, e de representantes de instituições de ensino superior e institutos de pesquisa, dos Governos Federal, Estadual e municipal e de Federações empresariais. A interação entre os atores ocorre por meio de processos participativos como oficinas e fórum de debates. O evento contou com os esclarecimentos da sistemática do trabalho e a apresentação dos participantes. A abertura do evento teve a presença de autoridades locais como prefeitos e representantes das prefeituras dos municípios de Ananindeua, Barcarena, Belém, Benevides, Castanhal, Marituba, Santa Bárbara, Santa Izabel e Santo Antônio do Tauá.
O encontro também registrou a participação especial do Senador Zequinha Marinho, que explicou a importância do projeto ao Estado do Pará. “Hoje estamos realizando a primeira oficina temática sobre desenvolvimento regional. Quero dizer da alegria de ter a BioTec à frente desse grande projeto, que é o CDR. E hoje é a festa de inauguração. Estamos ouvindo as palestras, conectados com Brasília, ouvindo todo mundo para colocarmos no papel esse projeto que vai articular ciência, tecnologia, pesquisa com a economia”, disse o Senador Zequinha Marinho na abertura do evento.
Governador promete todo o apoio – O titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (SECTET), Carlos Maneschy, reforçou a importância da iniciativa para o Estado do Pará. “Então eu quero aqui, primeiro, agradecer e parabenizar a iniciativa do Senador Zequinha Marinho que trouxe para cá, por sua iniciativa, a instituição desse centro. Quero parabenizar o Professor Seixas Lourenço, parabenizar e desejar todo o sucesso no encaminhamento da gestão do Centro de Desenvolvimento Regional e toda a equipe da BioTec e dizer que o Governo do Estado, na pessoa do Governador Helder Barbalho, já está com toda a disposição, já anunciou, manifestou de maneira muito clara a sua intenção de aprovar esse projeto. Eu tenho certeza que em pouco tempo a gente pode construir aqui um caminho novo, um novo processo de produção do Estado, um patamar distinto de qualificação no que diz respeito aos bens que aqui são produzidos . Creio que esse é um passo seguro e importante nessa direção”.
O Reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Marcel Botelho, que participou das atividades da Oficina de Implementação, explicou que esse é um grande passo para o desenvolvimento regional. “O CDR é um ideia que já deu certo. Ele tem mostrado nos polos que ele se instalou o desenvolvimento naquela região. Cabe a nós entendermos qual é a necessidade da nossa região. Então esse evento de hoje ele está sendo muito importante para poder colocar todo mundo na mesma página. Este evento inicia um processo coordenado para busca de soluções. A Universidade coloca toda sua capacidade técnica a disposição para trabalhar juntos nesse projeto. Hoje identificamos os pontos fortes, os pontos fracos, oportunidades e alvos, alvos para iniciar os trabalhos. Não são os únicos, certamente. Mas hoje damos o primeiro passo para de forma coordenada buscar as soluções para o desenvolvimento regional, geração de renda e melhoria da qualidade social da nossa cidade”, explicou.
O CDR – Os Centros de Desenvolvimento Regional são estruturas flexíveis de articulação e gestão, criados por iniciativa do Ministério da Educação – MEC e gerenciados, em nível nacional, pela organização social Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, tendo por objetivo mobilizar as competências disponíveis nas instituições de ciência e tecnologia regionais (universidades e institutos de pesquisa) para, ao lado das forças políticas e sociais, pensar, fomentar, apoiar e viabilizar iniciativas empreendedoras, públicas ou privadas, localizadas nos respectivos territórios, tendo por fundamento o uso de saberes e tecnologias disponíveis e a geração de inovação de processos e produtos que contribuam ao desenvolvimento socioeconômico local.
Esse é o primeiro projeto-piloto CDR na região amazônica e que se predispõe a apoiar a organização de uma agenda de ações das instituições de base técnico-científica, no sentido de atender ao interesse do desenvolvimento de suas regiões. A criação dos CDRs também conta com a participação de representação parlamentar, via Centro de Estudos e Debates Estratégicos (CEDE) da Câmara dos Deputados, e de outras instituições de fomento ao ensino, à pesquisa, à ciência e à tecnologia no Brasil, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e as fundações de amparo à pesquisa (FAP) dos Estados. Tais representações partem do pressuposto de que as unidades de Ensino Superior e as demais instituições de ciência e tecnologia precisam ter papel preponderante no processo de geração do desenvolvimento regional.