A BioTec-Amazônia levou, para alunos da Escola Estadual Jonathas Pontes Athias, inovação, conhecimento profissional e como a engenharia genética moderna pode resolver problemas utilizando os insumos da floresta.
“Porque dizem que a Amazônia é o pulmão do mundo?” “Porque o oxigênio faz a gente envelhecer?” A palestra “O DNA da floresta” fez com que alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jonathas Pontes Athias, do Bairro de Val de Caes, em Belém (PA), despertassem o interesse pela biodiversidade e biotecnologia. O grupo esteve na Estação das Docas para participar da palestra realizada pela Organização Social BioTec-Amazônia, durante a 10ª Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Fecti).
A feira é uma atividade da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) para popularizar a ciência e a inovação desenvolvida no estado do Pará e faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada pelo Governo Federal através do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC). A palestra também contou com a presença do diretor-presidente da BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço; da diretora administrativo-financeira, Sibele Caetano e do consultor de Propriedade Intelectual da BioTec, Luiz Ricardo Marinello.
Para o diretor técnico-científico da BioTec-Amazônia, Artur Silva, doutor em Ciências Biológicas, Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que ministrou a palestra, esse tipo de atividade é muito importante. “Traz uma nova perspectiva para esses alunos”. Professor Artur, explicou aos alunos, qual a importância do DNA, como o oxigênio é o responsável pelo envelhecimento celular e qual a formação para se seguir carreira profissional nessa área.
“No caso da Amazônia, havia essa ideia de que ela era o pulmão do mundo. Hoje em dia ela é completamente desconsiderada porque a gente sabe que quem produz o oxigênio que a gente usa são umas bactérias bem pequeninas, talvez as menores bactérias que a gente reconheça hoje em dia que é chamado de picoplâncton”, respondeu o diretor. O oxigênio produz os radicais livres. Então, alimentos que são anti radicais livres, sequestram a molécula com oxigênio e faz com que as nossas células não envelheçam. “Por isso, essas comidas são boas: o chocolate, o açaí. Eles são chamados de super comidas. Por que eles combatem o envelhecimento celular”.
Outro assunto que teve destaque durante a palestra foi a formação profissional para quem tem interesse em trabalhar nessa área. Professor Artur explicou que é preciso ter muito gosto pela leitura. “Mas, quem gosta de fazer engenharia genética tem que gostar de ler. E para chegar até aqui, você pode estudar muitas coisas. Eu, por exemplo, fiz Biologia. Tem gente que faz biotecnologia, tem gente que faz medicina, tem gente que faz farmácia. Todos esses cursos básicos permitem que você atue na área de engenharia genética”, explicou.
A ideia da palestra era mostrar outros caminhos, além dos tradicionais, para esses alunos. “Depois que você termina a graduação em um desses curso, você faz uma pós-graduação e você vai se dedicar especificamente a fazer só esta atividade. Então, existem pós-graduações ligadas a genética, ligada a bioquímica e também a parte de biotecnologia. Uma vez que você fez mestrado e doutorado nessa área você está habilitado a entender, compreender e tecnicamente fazer estudos bioquímicos”, destacou.
(Imagem: Comunicação BioTec-Amazônia)
Feira de CT&I – A Feira Estadual de Ciência e Tecnologia e Inovação ocorreu no período de 23 a 25 de outubro de 2019 e, na sua décima edição, trouxe o tema nacional “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”. O evento ocorreu durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, e o local escolhido foi a Estação das Docas. A programação da Feira foi composta por atividades como oficinas, rodas de conversa, exposições em estandes e palestras. A BioTec-Amazônia também fez parte do pavilhão de exposições com um dos espaços do Projeto SECTET 360º. O estande especial apresentou todos os projetos desenvolvidos pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica.