Organização Social BioTec-Amazônia e Sebrae Pará realizam evento voltado para a indústria e empreendedorismo paraense.
O evento Oportunidades de Negócios em Bioeconomia Pará, que aconteceu na sexta – feira, 4, pode apresentar o conceito de Cosmovisão para empreendedores paraenses . O encontro foi uma realização da Organização Social BioTec-Amazônia em parceria com o Sebrae, Aura Ideias e Instituto My Amazon. Foi um dia inteiro de debates com assuntos da política de desenvolvimento do estado, o papel do Sebrae como agente de desenvolvimento econômico, embalagem como instrumento de agregação de valor e o papel da BioTec-Amazônia no desenvolvimento da bioeconomia.
Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia – SEDEME, Iran Lima, já “se começa a criar um modelo para o Pará e, principalmente, para a preservação da Amazônia, preservando as nossas florestas mas também mostrando resultados para a nossa população que aqui vive e quer uma resposta nossa o mais rápido possível, para a melhoria da qualidade do nosso povo e da nossa gente”. O secretário aproveitou para agradecer e parabenizar a Organização Social BioTec-Amazônia e o Sebrae Pará pelo esforço de realizar um evento como Oportunidades de Negócios.
O diretor-presidente da Organização Social BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço, destacou que essa é uma parceria muito grande com diversos agentes tanto públicos como privados, envolvendo os atores do Pará. “O desafio nosso agora é termos essa vinda dos vários atores e protagonistas de toda a região amazônica. O Cosmovisão é uma iniciativa da BioTec-Amazônia com a Aura Ideias, mas a ideia de realizar esse evento surgiu no início de 2019 e o objetivo é convocar todos os atores empresarial, governamental e acadêmico para dar uma dimensão amazônica”, explicou.
O diretor-superintende do Sebrae Pará, Rubens Magno Jr, explicou que aposta na BioTec e no seu papel de transformação da produção local. “A ideia é que a partir de palestras sobre embalagem como instrumento de agregação de valor, ou o papel do Sebrae como agente de desenvolvimento econômico e as políticas de desenvolvimento em Bioeconomia no estado do Pará, se prepare a indústria e o empreendedor paraense para atuar no mercado nacional e internacional”, relatou. “O Sebrae está de portas abertas para esse desenvolvimento da produção local”.
Para José Luiz de Paula, o conceito do evento destaca essa ideia de união de diversos agentes com um só objetivo. “Cosmovisão é um conceito de trezentos e sessenta graus onde você coloca todo o conceito que envolve o pensamento 360°. E o que é esse pensamento 360°? Você não consegue desenvolvimento econômico se não tiver o Estado junto com os outros agentes. É ele que é a mola propulsora porque a vontade de fazer, a vontade de realizar, tem que nascer no Estado”, explica De Paula, que é designer olfativo, criador de perfumes e embalagens de perfumes da Aura Ideias.
Ao final do evento foi firmado Acordo de Cooperação entre Organização Social BioTec-Amazônia e Orolab, empresa especializada em design de conceito. Assinou o documento o Diretor-Presidente da BioTec, professor José Seixas Lourenço e o Sócio Fundados da Orolab, Raoni Cusma de Paula. Como testemunhas, assinaram Iran Lima, titular da Sedeme e Paulo Renato Pereira do Carmo, Presidente da Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares dos Caetes.
O encontro teve apoio de órgãos do Estado, como a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia – SEDEME; a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica – SECTET e também contou com a participação de membros da Organização Social BioTec-Amazônia, diretores e equipe técnica, além de empreendedores e investidores em bionegócios do Estado do Pará.
Cosmovisão – José Luiz de Paula explica que o Cosmovisão é um sistema com muitos agentes e que juntos são capazes de gerar desenvolvimento econômico em um curto espaço de tempo. “Então, a cosmovisão vai reunir, no mesmo espaço, quatro agentes que são capazes acelerar o desenvolvimento. A Cosmovisão vai acelerar o desenvolvimento e essa aceleração do desenvolvimento vai fazer escola. É o que vai criar jurisprudência, para ser replicado em outros estados amazônicos”.
Os agentes, explica, são universidades, as forças de pesquisa, todas as pessoas que trabalham para a ciência, as forças produtivas e industriais. “Eles são capazes de pegar esse trabalho das universidades e dos centros de pesquisa, transformar em produto. Mas é necessário um quarto agente que são os agentes comerciais, que vão pegar esse produto e fazer toda a distribuição no mundo por diversos canais. Não importa se atacado, varejo, porta a porta, vendas online, mas se não tiver esses quatro agentes, não existe desenvolvimento econômico”.