BioTec-Amazônia destaca a importância da bioeconomia na biotecnologia industrial para um grupo de empresários na Fiepa. O encontro é uma oportunidade de diálogo para o crescimento do Pará.
O Diretor-Presidente da Organização Social BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço, participou na quarta, 2, de programação no Sistema Fiepa para apresentar oportunidades de investimentos no Estado do Pará. Essa é uma oportunidade da BioTec mostrar a importância da Bioeconomia como instrumento objetivo de geração de emprego e renda na região, sendo o mecanismo eficaz para a manutenção da floresta em pé.
Na ocasião, participaram da programação, José Maria da Costa Mendonça, do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiepa – Coinfra; Carlos Augusto de Paiva Ledo, Secretário Adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia – Sedeme e o Presidente da Codec, Luftala Bitar. Uma série de apresentações esclareceu, por exemplo, sobre a política e o passo a passo do processo de concessão de incentivos fiscais; oportunidades de agregação de valor aos produtos locais; linhas de financiamento do BanPará, Banco da Amazônia e do FINEP.
O diretor-presidente da Organização Social BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço, destacou a importância da bioeconomia na Biotecnologia Industrial, responsável, dentre outros, pelo desenvolvimento de biocombustíveis, químicos de fontes renováveis e bioplásticos. “Estima-se que, em 2030, o mercado global referente ao uso dessas tecnologias alcance um volume de 300 bilhões de Euros”, destacou.
O presidente da Codec, Lutfala Bitar, destacou o trabalho que vem sendo feito para recuperar os Distritos Industriais do Estado visando, com parcerias, o desenvolvimento do setor produtivo local. “Estamos trabalhando filme nos distritos industriais, que tem uma série de problemas. Há muitas áreas inativas que estamos tentando transformar em áreas ativas. De tal maneira que o Pará tenha uma ação industrial que venha a produzir o desenvolvimento do nosso estado. Para isso, penso que a SUDAM, o Banco da Amazônia e o FNO podem atuar como nossas agências de Desenvolvimento. Nós não podemos continuar com a participação de apenas 2%, 3% do PIB nacional com essa riqueza toda que temos. Alguma coisa precisa ser feita”, diz Bitar.
O diretor da Sedeme, Danilo Souza, apresentou dados sobre a política de Incentivos Fiscais do Pará e detalhou critérios específicos para concessão do benefício às empresas, como agregação de valor, verticalização, empregos diretos, inovação, sustentabilidade e compras em território paraense. Danilo Souza informou que os incentivos fiscais são instrumentos pontuais da estratégia de desenvolvimento econômico do Estado, cujo objetivo maior é colaborar para que o empresário obtenha mais competitividade. “Nós consideramos diversas modalidades para concessão do benefício, e já temos, inclusive, incentivos para empresas do setor de embalagens”, afirmou.
Cosmovisão – Um dos pontos do encontro na Fiepa é a aproximação da BioTec-Amazônia com os principais representantes dos setores produtivos. Uma oportunidade de diálogo para o crescimento do Pará. José Luiz de Paula, designer da Aura Ideias, em sua palestra, explicou o conceito Cosmovisão. “Cosmovisão é um conceito de trezentos e sessenta graus onde você coloca todo o conceito que envolve o pensamento 360°. Você não consegue desenvolvimento econômico se não tiver o Estado junto com os outros agentes”, explicou.
Também realizaram palestras os representantes do Banco do Estado do Pará (Banpará); Banco da Amazônia e Finep, instituição financiadora de estudos e projetos vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ao final das palestras foi realizado o lançamento do evento Cosmovisão 2020, que visa preparar a indústria e o empreendedor paraense para atuarem no mercado nacional e internacional com relevância tecnológica, design e indicativos claros de boas práticas de produção e sustentabilidade.
BioTec- A BioTec-Amazônia é uma associação privada constituída em 2016 e qualificada pelo Governo do Estado do Pará como Organização Social em 2017 para coordenar a execução do Programa Paraense de Incentivo ao Uso Sustentável da Biodiversidade Amazônica (BIOPARÁ).
O trabalho dessa associação é atuar como elo entre as demandas empresariais e o conhecimento técnico-científico presente nas instituições de ensino e pesquisa, visando, assim, gerar negócios relacionados à biodiversidade amazônica, agregar valor às cadeias produtivas e promover o desenvolvimento sustentável.