A Organização Social BioTec-Amazônia participou do último módulo do Curso de Especialização em Gestão de Ciência e Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica, na Escola de Governança do Estado do Pará.
Cerca de 60 pessoas estiveram no auditório da Escola de Governança do Governo do Estado do Pará, na terça-feira, 4 de setembro, para participar do último módulo do Curso de Especialização em Gestão de Ciência e Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica, realizado pela Diretoria de Educação Técnica e Tecnológica da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet). O curso é destinado a servidores públicos estaduais com o intuito de aperfeiçoar as habilidades e torna-los aptos a elaborar projetos e realizar a gestão de programas específicos para o setor de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) de Educação Profissional e Tecnológica (EPT).
A discussão do dia gerou em torno das políticas da secretaria estadual e o papel da Organização Social BioTec-Amazônia na gestão do Programa BioPará. Para José Seixas Lourenço, Diretor Presidente da BioTec-Amazônia, que apresentou o sistema de governança da OS ao alunos, reforçou a importância dos cinco eixos estratégicos, que norteiam as atividades da BioTec-Amazônia, e as cadeias produtivas. “É essa a razão do BIOPARÁ: agregar valor as cadeias produtivas. A biodiversidade foi eleita, pelo Plano Estratégico de Desenvolvimento “Pará 2030”, uma dentre as 9 principais oportunidades de investimentos, no Estado, para as próximas décadas, com enorme potencial para a geração de divisas, emprego e renda”, destacou Seixas Lourenço.
O Diretor Presidente explicou, também, que diante de tamanha complexidade de desafios, com o envolvimento de tantos atores institucionais, públicos e privados, nacionais e estrangeiros, a gestão de um programa como o BIOPARÁ não pode estar prisioneiro de modelos de gestão tradicionais, muitas vezes arcaicos, porque burocráticos, e regidos pelos limites jurídicos que orientam a conduta de autarquias ou mesmo de empresas públicas.
“O Pará é uma grande referência nas cadeias de turismo e gastronomia. Belém foi eleita, em 2015, pela Unesco, como a Cidade Criativa da Gastronomia. Então, essa é uma cadeia da maior relevância e esse foi um dos primeiros acordos celebrados pela BioTec-Amazônia foi com a Secretaria de Estado de Turismo, justamente para trabalhar com essa cadeia, do ponto de vista da nutrição, da tecnologia de alimentos, e qualificar a nossa gastronomia”, explicou o Diretor Presidente da OS. A BioTec-Amazônia busca ancorar as cadeias produtivas como açaí, cacau, pesca e aquicultura, para as chamadas regiões de integração do Estado.
O Diretor Presidente da OS concluiu, em sua apresentação, que “com o Programa BIOPARÁ e uma modelagem de gestão moderna e atuante – com uma OS dedicada e especializada na tarefa –, tem-se uma oportunidade ímpar de contribuir para uma verdadeira mudança de rumo na efetivação de políticas sustentáveis de CT&I e, assim, ajudar o Estado do Pará a ter um posicionamento respeitado no cenário nacional, com a construção de vantagens competitivas locais duradouras, capazes de dinamizar a economia paraense sob o prisma de um novo modelo de desenvolvimento – de base científica e tecnológica – e, pelos seus frutos, resultar na melhoria de seus tradicionais e dramáticos indicadores sociais”.
O titular da Sectet, Alex Fiuza de Melo, apresentou o Sistema Paraense de Inovação, que consta no Projeto de Lei nº 181, aprovado na Assembleia Legislativa do Estado do Pará em 2016, onde aprovou a criação de uma ambiência indutora e facilitadora da inovação, fundamentada na integração entre os agentes promotores da inovação e na construção compartilhada de um contexto, segundo aspectos científicos, tecnológica, social e econômica, jurídicos, políticos e físico-ambientais.
Para isso, conta com programas, já implantados, pelo Governo do Pará como o Pará Profissional, o Parque Tecnológico, a Rede de Fibra Ótica no Estado, os Sistemas Regionais de Inovação. “Ferramentas para estimular parceria entre Estado, Setor Empresarial, Institutos de Ciência e Tecnologia e Terceiro Setor, como a Organização Social BioTec-Amazônia e a Fundação Guamá. A BioTec-Amazônia foi qualificada pela Sectet para ser um braço da secretaria, expandir sem ter as amarradas administrativas de um órgão de governo e poder fazer contato com o mercado em busca de investimentos”, explicou o titular da Sectet aos alunos presentes.
Curso – A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) estabeleceu parceria com a Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA) para ofertar, pela primeira vez no estado, a pós-graduação lato sensu em Gestão de Ciência e Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica. O curso de especialização é destinado aos servidores públicos, graduados em nível superior, pertencentes ao quadro de servidores da Sectet e outros órgãos do governo que atuam em áreas afins.
É destinado a aperfeiçoar as habilidades dos servidores para que eles possam estar aptos a elaborar projetos, realizar a gestão de programas específicos para o setor de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) de Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O curso termina no mês de novembro e realiza sua diplomação no mês de dezembro de 2018. Estavam presentes representantes da Sectet, Prodepa, Fapespa, Seduc, Seaster, Sedap e Setur.