O primeiro ciclo “Painel CTI para a Sustentabilidade – CTI ODS 2030”, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em articulação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio da Organização Social BioTec-Amazônia aconteceu em Belém (PA), no dia 22 de agosto, e contou com representantes da comunidade de pesquisa, da iniciativa privada e do governo para debater visões diversas na identificação de proposições para o desenvolvimento sustentável.
Na abertura do evento, que ocorreu no auditório central da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), o conferencista Adalberto Luis Val, Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a mediadora Maria Paula, atriz, apresentadora e repórter e os três debatedores convidados, entre eles, José Seixas Lourenço, atual diretor-presidente da BioTec-Amazônia, trataram o nível de conscientização da sociedade sobre o papel da ciência, tecnologia e inovação no atendimento da Agenda 2030 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O formato do ciclo considera as diferentes visões dos produtores e consumidores de CT&I e procurou facilitar os debates, empregando tecnologias de informação e comunicação. O tema do primeiro ciclo foi Biodiversidade. A abertura do evento contou com a participação do Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), Álvaro Prata, que representou o ministério no evento.
O Secretário destacou que este modelo de evento acontece mais 5 vezes ao longo do segundo semestre de 2018, em apoio aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. “Os temas fora escolhidos pensando em agregar ciência, tecnologia a esse importante debate. Os grandes temas mundiais, que também são os temas nacionais, muito complexos, requer uma multiplicidade de iniciativas, de ações e soluções. Esse evento é, particularmente, estratégico. Nosso mundo cresce e se expande. Demandas surgem, a população mundial aumenta e aqui, esses ODS, precisam ser conhecidos e utilizados para agregar valor e promover, também, o desenvolvimento social com sustentabilidade”.
Também esteve presente a Coordenadora do PNUD/ONU do projeto Pará Sustentável, Eliana Almeida. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) faz parte do Programa Pará Sustentável, desenvolvido pela Secretaria Extraordinária dos Municípios Sustentáveis (Semsu), cuja agenda de desenvolvimento é composta pelos projetos Pará Social, Pará 2030 e Pará Ambiental, além da Governança Pública Compartilhada, a partir da instalação dos Centros Regionais de Governo.
Eliana explicou que os princípios da Agenda 2030 são a abordagem de direitos humanos, a soberania nacional, a abordagem inclusiva e participativa, a universalidade, a integração e não deixar ninguém para trás. “Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma narrativa que aproxima os diferentes. É como um quadro inicial para orientar as políticas públicas”, destacou a coordenadora em sua apresentação.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado do Pará, Alex Fiúza de Melo, que representou o Governador do Estado, Simão Jatene, destacou a importância do evento para a sociedade. “Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável são um desafio para toda a humanidade que, sistematizado, estabelece parâmetros de conduta para as sociedades, em um momento em que ela vive um contexto de grandes desafios, desde a exclusão social e a pobreza – ainda não resolvida em pleno século 21 – até as ameaças ecológicas no meio ambiente”.
Para o Diretor Presidente da Organização Social BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço, um dos debatedores do Painel ODS, a Amazônia tem a possibilidade imensa de transformar aquilo que o Estado tem na primeira civilização florestal moderna e sustentável do planeta. “Veja o que nós temos de conhecimento que pode ser transformado em riqueza. Estou mais do que convencido que a gente só pode ter essa proteção da floresta se nós gerarmos riqueza dessa biodiversidade. Mas, precisamos articular com empresas. Precisamos fazer a união de todos os setores. Do segmento empresarial, das ICT’s, trazer os pesquisadores, laboratórios. É esse um dos papéis da Biotec-Amazônia, juntar os diversos setores da inovação.”
O evento contou, também, com o presidente executivo da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), Bernardo Silva, a diretora-executiva da Chamma da Amazônia, Fátima Chamma e a mediação do painel foi conduzida pela apresentadora Maria Paula. Além do tema biodiversidade, do encontro em Belém (PA), nos próximos eventos serão discutidos os seguintes tópicos: Mulheres na Ciência; Tecnologia & Emprego; Conhecimento Científico; Nexus: segurança hídrica, energética e alimentar; e Transformações Sociais.