Maneschy afirma que a BioTec-Amazônia é o braço do Estado para a prospecção de novos negócios

Publicado em: 24/04/2019
Autor: Silvia Leão
Assunto: Reuniões
Tempo de leitura: 4 minutos

O Secretário esteve presente em reunião na BioTec durante apresentação de Projeto Escola de Várzea.

A Organização Social BioTec-Amazônia realizou reunião, na quarta-feira, 24, em sua sede, quando foi apresentado o projeto Escola de Várzea, abordando a concepção, o desenvolvimento e a efetivação da parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a empresa Várzea Engenharia e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica do Estado (Sectet). Estiveram presentes, à reunião, os representantes do Instituto Federal do Pará (IFPA), do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT Guamá), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Para o Diretor Presidente da Organização Social BioTec-Amazônia, professor José Seixas Lourenço, que promoveu o encontro multilateral, essa é uma oportunidade de associar as escolas tecnológicas, o desenvolvimento profissional com a produção, principalmente, na área de pescados. “Ao mesmo tempo em que você forma pessoas, você agrega valor a produção. Então é um projeto no qual nós nos associamos com muito entusiasmo, com muita satisfação. Estamos todos muito entusiasmados e depois da primeira reunião, as coisas avançaram muito inclusive com ponto de vista para trabalhar em alguns ambientes de inovação”, disse.

Para o titular da Sectet, Professor Carlos Maneschy, que participou do encontro, há um grande interesse do Governo do Estado em trabalhar o desenvolvimento do Pará a partir de novos empreendimentos, voltados à inovação de maneira especial. “Nós que falamos tanto da necessidade de mudança da base produtiva, nós não vamos fazer isso se mantivermos esse mesmo perfil de exploração”.

O Secretario da Sectet explicou, também, o interesse do Estado em apoiar empreendimentos que apontem para um novo modelo, um novo formato de exploração econômica. “Mudar isso é definir alguns projetos que nos pareçam com o perfil mais adequado para esse novo modelo que a gente gostaria de implantar no Estado. Então, essa ideia em particular, interessa muito ao Estado pelo que ela representa em termos de possibilidades de negócios”, destacou.

O Secretário, também, ressaltou no encontro o papel da BioTec-Amazônia em promover esse tipo de discussão. “A BioTec-Amazônia como Organização Social contratada pela Sectet para trabalhar na prospecção de novos negócios, é um braço que pode agilizar o Governo nesse aspecto, em particular. Essa é a função primordial da relação entre BioTec e o Estado de maneira direta”.

Também foi apresentada proposta de Projeto para o Tapajós de inovação tecnológica no rio, pela assessora técnica da BioTec-Amazônia, Patrícia Chaves. O projeto para a Região do Tapajós que a BioTec desenvolveu para a região é a de atrelar funcionalidades as escolas técnicas, as escolas de pesca que estão previstas a serem construídas pelo Governo do Estado.

“A Organização Social BioTec-Amazônia veio com algumas ações para dar funcionalidade a essa estrutura de engenharia que são as casas flutuantes. Então a proposta do Projeto Tapajós é implantar unidades produtivas com a estrutura da engenharia de várzea. E quais seriam as unidades? Mini usinas de pescado, onde, nessas mini usinas seriam produzidos alguns sub produtos, entre eles: o file de peixe, através de uma técnica conhecida como filetagem, embutidos como salsicha e linguiça de peixes; farinha de peixe para ração animal e a produção do colágeno e da gelatina a partir do pescado de ambientes inundados como as várzeas e outros ambientes na bacia do tapajós”, destacou Patricia.

Casa de Várzea – Sustentabilidade, tecnologia e inovação é o tripé do projeto Casa de Várzea, criado pelo engenheiro civil José Coelho, que na oportunidade apresentou como surgiu sua ideia, com as cheias do rio Amazonas e as casas submersas por um longo período. Foi com base nessa experiência de vida que o engenheiro idealizou a Casa de Várzea, durante a sua graduação no curso Engenharia Civil, e agora pretende adaptar o projeto para a criação de escolas tecnológicas para o Estado.

A empresa Várzea Engenharia, localizada no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT Guamá), é a responsável pelo projeto Casa de Várzea que tem como objetivo, promover cidades sustentáveis por meio de casas e produtos desenvolvidos a partir de uma madeira denominada de Biossintética, a qual é produzida por qualquer tipo de polietileno, um tipo de plástico resistente que não se deforma com o calor, além da alta durabilidade.

“Esse projeto foi pensado por quem sofreu todas essas problemáticas, então a partir daí eu pensei no projeto casa de várzea. Uma casa que, quando o rio vier, ela suba junto, que não seja flutuante, balançando quando passar o barco, mas que seja adaptável à realidade do local”, explicou o engenheiro.

A Casa de Várzea é uma inovação tecnológica sustentável. É uma residência de palafita com o sistema de elevação hidráulica, que permite a subida e descida da casa quando necessário. Desenvolvida por meio da reciclagem de materiais que são transformados na madeira biossintética, diminui a poluição de resíduos plásticos, como também promove a geração de emprego e renda no Estado.